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10 golpes mais comuns usando IA: saiba como identificar e se proteger

A IA trouxe muitas facilidades ao dia a dia dos usuários, mas também possibilitou que golpistas tivessem um leque maior de técnicas

A Inteligência Artificial (IA) transformou profundamente a maneira como o mundo se conecta, consome e trabalha. Ela impulsiona inovações em saúde, educação, comunicação e segurança digital, tornando processos mais rápidos, precisos e eficientes.

Contudo, ao mesmo tempo em que a IA representa progresso tecnológico e otimização de tarefas, ela também abre espaço para desafios significativos. Criminosos começaram a utilizá-la como ferramenta para criar fraudes mais sofisticadas, enganos mais convincentes e golpes de difícil identificação.

Assim, entender o funcionamento dessas práticas tornou-se essencial para proteger informações pessoais, evitar perdas financeiras e manter a integridade digital. Diante desse cenário, conhecer os principais golpes baseados em IA é o primeiro passo para não cair nas armadilhas.

Se você não tem afinidade com a IA, saiba como identificar golpes utilizando esses programas.
Se você não tem afinidade com a IA, saiba como identificar golpes utilizando esses programas. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

10 golpes mais comuns utilizando IA

Nos últimos anos, a IA se tornou aliada dos criminosos digitais, que usam algoritmos e automação para enganar usuários e empresas com precisão assustadora. As fraudes agora possuem aparência profissional, linguagem convincente e um realismo que desafia até os internautas mais atentos.

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1. Deepfakes de voz e vídeo para extorsão e fraude

Os deepfakes utilizam IA para criar vídeos e áudios extremamente realistas que imitam a voz e o rosto de uma pessoa. Criminosos aplicam esse golpe fingindo ser familiares ou colegas de trabalho em situações de urgência para solicitar transferências de dinheiro.

Para evitar cair nessa armadilha, é fundamental estabelecer uma palavra-chave de segurança com pessoas próximas, confirmar pedidos por outro canal e observar gestos sutis que um deepfake dificilmente reproduz com perfeição.

2. Phishing e spear phishing aprimorados por IA

Com a ajuda da IA, criminosos criam mensagens e e-mails sem erros e com contextos plausíveis, simulando comunicações legítimas. Esses ataques têm o objetivo de roubar senhas, instalar malwares ou obter informações confidenciais.

Para se proteger, o usuário deve verificar o remetente e passar o mouse sobre os links antes de clicar, observando se o domínio é verdadeiro. É essencial habilitar a autenticação em dois fatores e evitar fornecer dados sensíveis em respostas automáticas.

3. Golpes de fraude de identidade

A IA também cria documentos falsos e imagens convincentes para burlar verificações de identidade em bancos digitais e aplicativos. Os criminosos usam essas falsificações para abrir contas ou solicitar empréstimos em nome de terceiros.

Para evitar esse tipo de fraude, monitore o CPF regularmente, utilize serviços de score de crédito e evite compartilhar cópias de documentos em ambientes virtuais. Quando for necessário enviar dados, exclua os arquivos após o uso, inclusive da lixeira.

4. Clonagem de sites e marcas

Os criminosos programam a IA para replicar sites, logos e materiais de grandes marcas com impressionante fidelidade. Assim, criam lojas falsas que oferecem produtos com preços irreais para roubar dados de pagamento. O ideal é sempre conferir se o endereço contém o cadeado de segurança (HTTPS) e se o domínio está escrito corretamente. Sites duvidosos costumam aceitar apenas Pix ou boleto, o que deve acender o alerta. Pesquisar a reputação da loja no Reclame Aqui e nas redes sociais oficiais é uma prática indispensável antes de qualquer compra.

5. Bots maliciosos e credential stuffing

Os bots com IA realizam ataques automáticos de alta velocidade, testando combinações de logins e senhas obtidas em vazamentos. Esse método, chamado de credential stuffing, visa invadir contas de redes sociais, e-mails e plataformas financeiras.

Para se proteger, ative autenticação em dois fatores, crie senhas exclusivas para cada serviço e atualize senhas antigas regularmente. O uso de um gerenciador de senhas ajuda a manter o controle sem comprometer a segurança.

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6. Ransomware e ataques automatizados

A IA aumentou a eficiência dos ataques de ransomware, que bloqueiam dados e exigem resgates financeiros. Com algoritmos que identificam vulnerabilidades automaticamente, os criminosos conseguem atingir sistemas de forma rápida e silenciosa.

A melhor defesa envolve manter cópias de segurança em nuvem ou em dispositivos externos, usar antivírus atualizado e proteger redes com firewall. Essas práticas reduzem o impacto caso uma invasão ocorra.

7. Fraudes em plataformas corporativas

Criminosos usam IA para gerar mensagens convincentes em canais internos de empresas, como Slack e Teams, fingindo ser executivos que solicitam transferências ou acesso a informações sigilosas. Para evitar prejuízos, as organizações devem implementar políticas de confirmação por múltiplos canais.

8. Roubo de dados e análise de vazamentos

A IA não rouba dados diretamente, mas processa grandes vazamentos para cruzar informações e criar perfis completos de vítimas. Para reduzir riscos, limite o que compartilha nas redes sociais e utilize VPN ao acessar redes públicas. Quanto menos dados expostos, menor a chance de ser alvo.

9. Golpes de falsa venda e falso anúncio

A IA ajuda golpistas a criar perfis e anúncios extremamente convincentes em marketplaces e redes sociais. Esses anúncios exibem fotos realistas e descrições detalhadas, mas escondem intenções fraudulentas.

Para se proteger, mantenha toda a comunicação e o pagamento dentro da plataforma oficial e evite negociar por WhatsApp. Desconfie de preços muito baixos e analise a reputação do vendedor antes de concluir qualquer compra.

10. Engenharia social automatizada com chatbots

Os criminosos agora utilizam chatbots de IA para criar conversas naturais em tempo real, simulando pessoas reais em aplicativos de mensagens. Esses robôs enviam promoções falsas, prêmios inexistentes ou pedidos de dados pessoais.

A melhor defesa é questionar sempre e evitar clicar em links suspeitos. Nenhuma empresa séria solicita senhas ou códigos de autenticação por telefone ou chat. Assim, o senso crítico e a desconfiança saudável continuam sendo as ferramentas mais poderosas contra a engenharia social automatizada.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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